sexta-feira, 20 de junho de 2008

O diretor do Instituto Médico-Legal (IML), José Eduardo Velludo, de Ribeirão Preto, no interior paulista, apresentou um laudo informando que o menino Pedro Henrique Marques Rodrigues, de 5 anos, que morreu na noite de quinta-feira da semana passada, foi vítima de violência infantil. A delegada do Setor de Homicídios, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Maria Beatriz Moura Campos, disse hoje, então, em entrevista coletiva, que o inquérito passou a ser tratado como caso de homicídio. A mãe do garoto, Kátia Marques, e o padrasto, Juliano Gunello, afirmam que a criança ingeriu Semorin, um produto de limpeza de roupas.A delegada havia pedido a prisão temporária do casal, que foi indeferido hoje pela juíza da 2ª Vara de Execuções Criminais da cidade, Isabel Cristina Alonso Bezerra dos Santos. O pedido da delegada foi feito após constatar que o frasco de Semorin estava quase todo cheio e em razão de a vítima apresentar hematomas pelo corpo, inclusive fratura no pulso direito. Em depoimento, a mãe e o padrasto negaram qualquer violência doméstica.O diretor do IML afirmou que o corpo do menino apresentou "embolia gordurosa pulmonar". Segundo ele, esse tipo de embolia gordurosa não é freqüente, mas com Pedro Henrique deve ter sido aguda e rápida. A embolia pode ter sido provocada por um gesto violento ou um chacoalhão mais brusco, no dia da morte. "Ninguém pode dizer que essa criança se machucou porque caiu", afirmou Velludo. "Pelo menos nos últimos dias ele sofreu alguma forma de lesão", disse.Velludo descartou descalcificação dos ossos, como teriam alegado a mãe e o padrasto à delegada. "A fratura foi aguda, talvez no começo da manhã", disse ele, baseando-se no laudo assinado por Roberto Silva Costa, do Hospital das Clínicas (HC). O corpo da criança foi exumado na sexta-feira, horas após o sepultamento, concedido pela Justiça de Araraquara - onde mora o pai biológico da vítima, o policial militar Odair Donizete Rodrigues.
Fonte: Agência Estado

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