domingo, 29 de junho de 2008

Crescer sem Palmada


C riança combina com lambança
R espeito e confiança
E spancar não faz sentido
S air correndo pra fugir do castigo
C rescer é o meu único objetivo
E studar, entender!
R espeitar e aprender
S empre sonhei em ter
E sperar para crescer e
M eus pais compreender
P ancadaria não leva a lugar nenhum
A penas nos deixa triste e sem objetivo algum
L amentos, sussurros.
M uitas vezes por causa dos murros
A credito sinceramente com todo fervor
D eus existe em meu interior
A mar é possível mesmo com tanto rancor
Sonhar não é proibido
Não merecer nenhum castigo
Viver como o Everton, a Thaís.
A Victória, a Aline e o Raul.
Em uma cidade com o céu bem azul
Brincar, correr.
E aprender
Todos somos iguais
Queremos um pouco de atenção
Nada de erguer a mão
Só precisamos de compreensão
Em casa muito carinho
Termos o nosso cantinho
Dialogar, educar.
Respeitar e ensinar.
E o melhor de tudo é poder dizer
Pude crescer
Com respeito e orgulho
Sem nunca saber
O que foi o bater.

Autoria: Geni Souza
LACRI-IPUSP
Tutora do Curso VDCA? Boa Pergunta!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Qual o tipo de violência mais comum contra crianças?

Mas o que é castigo físico ou humilhante? São atos que visam causar dor e sofrimento à criança para forçar uma mudança de comportamento ou punir as faltas. Historicamente aceitos em quase todas as sociedades – sobretudo os castigos considerados moderados, são utilizados como uma forma de educação das crianças. A legislação brasileira pune apenas os autores das agressões que configuram lesão corporal ou tentativa de homicídio. Os castigos físicos compreendem os atos que atingem o corpo da criança, provocando dor. Bater com a mão ou com um objeto (vara, cinto, chicote, sapato, fios etc.); dar pontapés, sacudir a criança ou empurrá-la, beliscála ou puxá-la pelos cabelos, obrigá-la a permanecer em posições incômodas ou indecorosas ou a fazer exercícios físicos excessivos. Também são considerados castigos físicos: tapinhas na mão, palmadas, beliscões, tapas e bofetões, sacudidelas e empurrões, chutes e pontapés, surras, com ou sem uso de objetos.
O castigo humilhante envolve o uso da violência psicológica tais como ameaças, insultos, xingamentos, constrangimento, chantagens e humilhação pública,
assim como ridicularizar, isolar ou ignorar a criança. É importante ressaltar que na maioria das vezes os pais e cuidadores agem dessa maneira acreditando que estão fazendo o melhor para a criação de seus filhos. Acreditam que essa é a melhor forma para educar uma criança e torná-la uma pessoa de bem. A seguir, vemos uma série de mitos sobre o uso do castigo físico e humilhante. O estudo da ONU sobre violência
contra a criança, lançado em 2006, mostrou que a violência contra a criança acontece no mundo inteiro. O estudo mostra que a violência está presente na família, na escola, na comunidade, em locais de trabalho e em abrigos para as crianças. Em
alguns países, chama a atenção à forma como o castigo físico continua a ser interiorizado pelos adultos e, às vezes, até pelas próprias crianças.
Adultos e crianças achando que é legítimo bater nas crianças para elas aprenderem, para elas serem educadas. Porém, em todos os países, as crianças falaram sobre a necessidade de se acabar com os castigos físicos.
Fonte: http://www.violencestudy.org/IMG/pdf/Spanish-2-2.pdf
Especialista do Unicef diz que o problema tem origem cultural sobre a forma correta de educar. Pais que não sabem dosar relação de poder correm risco de cometer abusos
Desde março de 2008, o Brasil acompanha estarrecido o desenrolar da investigação policial sobre a misteriosa morte da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, encontrada com sinais de violência no jardim do edifício onde mora o pai, num condomínio de classe média paulista. Como num filme de suspense, cada nova revelação sobre o caso reforça nas pessoas a mais intrigante das perguntas. Afinal, quem é o autor do crime?
Mas por trás dessa investigação e da de outros casos, como o descoberto em Belo Horizonte em que uma menina de apenas 2 anos foi raptada, segundo a polícia, para ser usada para pedir esmolas; esta é uma realidade que preocupa os especialistas no assunto: por que tantas crianças são vítimas de violência no Brasil? Para a oficial de projetos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), responsável pela área de raça, etnia e violência, Helena Oliveira, ainda que pareça inexplicável, a violência infantil tem raízes culturais que envolvem a relação de poder entre adulto e criança e que ao longo da história foi incorporada na sociedade como a maneia certa de educar. Helena Oliveira explica que é natural que as relações entre adultos e crianças sejam assimétricas, tendo os adultos mais poder e autoridade. O problema, segundo ela, está exatamente no abuso desse poder. “Essa relação assimétrica de poder é natural da socialização. O adulto é quem tem capacidade de ajudar a criança a se desenvolver, a crescer e a se tornar um adulto pleno. O importante é saber a dosagem e o limite desse poder, para que ele não se torne abusivo e violento. Um adulto pensa duas vezes antes de agredir outro adulto, mas contra a criança é muito mais fácil agir”, diz. Estudos do Unicef apontam que, entre os tipos de violência praticados contra crianças, a negligência e os abusos sexuais são os mais comuns.

CASTIGO
Usar a violência e castigos como método de educação e repreensão também são usuais entre as pessoas, não só pais, mas também familiares, conhecidos e até professores, aponta a especialista. As palmatórias usadas antigamente nas escolas são um exemplo disso.

“Palmadas, mesmo que por trás tenham a intenção de ensinar, são ações de violência e não devem ser praticadas. É preciso desconstruir esse pensamento de que bater educa, o que já foi provado que não funciona. Mas isso leva tempo.”
A oficial alerta que a utilização freqüente da violência como método de educação pode até se intensificar com o passar do tempo, tornando o gesto cada vez mais forte, ao ponto de causar a morte da vítima.

O comportamento e pensamento da sociedade em relação às crianças começaram a dar sinais de mudanças no Brasil em 1990, com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente. É a opinião da assistente social Fernanda Martins, mestre em psicologia social e coordenadora de Políticas Pró-Criança e Adolescente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese). “Foi nesse momento que a criança passou a ser considerada como um sujeito de diretos”, afirmou. Antes, de acordo com a assistente social, bater em crianças era um paradigma social aceitável e não gerava prejuízos para o agressor, pois não havia denúncias. “Hoje, a lei prevê punição para a pessoa que comete crimes violentos contra a criança, apesar de ainda ser pouco eficiente nessa questão. A Justiça precisa se empenhar mais para tratar os casos e punir os agressores.” Mas especialistas afirmam que a violência contra crianças ainda é um fator cultural, relacionado, principalmente, com a relação de poder entre adulto e criança e também incorporado historicamente na sociedade como uma maneira de educar.
Atitude pode ser repetição. O doutor em psicologia médica Vitor Geraldi Haase, professor de psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), atribui o comportamento violento de muitos adultos contra crianças como sendo um fator de repetição ou intergeracional, que passa de geração para geração. Segundo ele, a maioria das pessoas que comete esses crimes sofreu, quando criança, os mesmos maus-tratos. “Os indivíduos que foram maltratados ou violentados na infância têm mais chance de repetir a violência quando adultos. Porém, isso não quer dizer que toda pessoa que sofreu na infância repetirá a ação. E nem que uma pessoa sem traumas não possa cometer a violência”, afirma. Segundo Haase, em caso de violência doméstica, há uma maior facilidade de os maus-tratos acontecerem em casas que existam padrasto ou madrasta, dependendo da relação. Casais que brigam muito são mais propensos a cometer violência contra os filhos. “Cuidar de criança é difícil e requer dedicação. Os adultos têm que colocar seus interesses pessoais em segundo plano para atender aos interesses das crianças. Muitos não conseguem e negligenciam os cuidados, abusam e ou partem para a violência.” A assistente social Fernanda Martins, coordenadora de Políticas Pró-Criança e Adolescente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, disse que álcool e drogas, assim como uma situação vulnerável, como o desemprego, por exemplo, podem estimular a agressividade.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O diretor do Instituto Médico-Legal (IML), José Eduardo Velludo, de Ribeirão Preto, no interior paulista, apresentou um laudo informando que o menino Pedro Henrique Marques Rodrigues, de 5 anos, que morreu na noite de quinta-feira da semana passada, foi vítima de violência infantil. A delegada do Setor de Homicídios, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Maria Beatriz Moura Campos, disse hoje, então, em entrevista coletiva, que o inquérito passou a ser tratado como caso de homicídio. A mãe do garoto, Kátia Marques, e o padrasto, Juliano Gunello, afirmam que a criança ingeriu Semorin, um produto de limpeza de roupas.A delegada havia pedido a prisão temporária do casal, que foi indeferido hoje pela juíza da 2ª Vara de Execuções Criminais da cidade, Isabel Cristina Alonso Bezerra dos Santos. O pedido da delegada foi feito após constatar que o frasco de Semorin estava quase todo cheio e em razão de a vítima apresentar hematomas pelo corpo, inclusive fratura no pulso direito. Em depoimento, a mãe e o padrasto negaram qualquer violência doméstica.O diretor do IML afirmou que o corpo do menino apresentou "embolia gordurosa pulmonar". Segundo ele, esse tipo de embolia gordurosa não é freqüente, mas com Pedro Henrique deve ter sido aguda e rápida. A embolia pode ter sido provocada por um gesto violento ou um chacoalhão mais brusco, no dia da morte. "Ninguém pode dizer que essa criança se machucou porque caiu", afirmou Velludo. "Pelo menos nos últimos dias ele sofreu alguma forma de lesão", disse.Velludo descartou descalcificação dos ossos, como teriam alegado a mãe e o padrasto à delegada. "A fratura foi aguda, talvez no começo da manhã", disse ele, baseando-se no laudo assinado por Roberto Silva Costa, do Hospital das Clínicas (HC). O corpo da criança foi exumado na sexta-feira, horas após o sepultamento, concedido pela Justiça de Araraquara - onde mora o pai biológico da vítima, o policial militar Odair Donizete Rodrigues.
Fonte: Agência Estado

quinta-feira, 19 de junho de 2008

ABUSO SEXUAL INFANTIL


Seja qual for o número de abusos sexuais em crianças que se vê nas estatísticas, seja quantos milhares forem, devemos ter em mente que, de fato, esse número pode ser bem maior. A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas. E o dano emocional e psicológico, em longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador.
O abuso sexual às crianças pode ocorrer na família, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido.
Em tese, define-se Abuso Sexual como qualquer conduta sexual com uma criança levada a cabo por um adulto ou por outra criança mais velha. Isto pode significar, além da penetração vaginal ou anal na criança, também tocar seus genitais ou fazer com que a criança toque os genitais do adulto ou de outra criança mais velha, ou o contacto oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto com a criança.
Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a um criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno.

http://www.virtualpsy.org/infantil/abuso.html

domingo, 15 de junho de 2008

Violência Doméstica


Todo ato ou omissão,
praticado por pais, parentes
ou responsáveis contra a
criança ou adolescente, que
sendo capaz de causar-lhes
danos de natureza física,
sexual ou psicológica, implica
de um lado numa coisificação
da infância, isto é, numa
negação do direito que a
criança tem de ser tratada
como sujeito e pessoa em
condição peculiar de
desenvolvimento.
Dra.Maria Amélia Azevedo